“O velho futebol inglês que seguiu a história e aprisionou o estilo do FC Porto levando-o para terrenos de choque”
Nottingham e o inconfundível cheiro ao futebol inglês “old school”. As equipas portuguesas, como todas as latinas, nunca se deram bem com esse tipo de jogo. O homem que transportara esse aroma para o presente, era um treinador que treina hoje como, pelo carisma e estilo, podia treinar nos anos 70: Sean Dyche, saído do nevoeiro tático das “segundas bolas”, duelos e jogo longo.
Estre Forest tem jogadores para outro jogo, como mostram Gibbs-White e Anderson, os médio por quem passam todas as bolas a caminho dos ataques mais perigosos, mas Dyche estreava-se no banco.
Sem meter ainda o seu cunho tão vincado, deixou os jogadores jogarem (apesar dos maus resultados anteriores) mas não resistiu a pedir essas bola atiradaspara a área e numa delas ganhou um penalty (no duelo Igor Jesus- Bednatek em que a bola foi à mão do polaco) e marcou.
Ficou a ganhar um jogo em que o FC Porto procurava manter a matriz da pressão alta mas demorava muito a sair de trás com bola. Uma construção lenta que baixava a intensidade da equipa portista e deixava o jogo no território de maior agressividade inglesa.
Farioli pensara nessa possibilidade e por isso a opção der meter mais um nº8 de trabalho como Rosário (inconfortável quando subia e tinha de receber de costas) em vez da criatividade de Gabri Veiga. Essa opção fez, porém, a equipa perder, no ultimo terço, o maior nível técnico para ter a bola e passar. Quis também lutar em vez de fugir com a bola para… jogar!

O estilo amarfanhado
Podia, mesmo nesse cenário, ter empatado mas uma rótula de Samu estava adiantada naquela bola também batalhada nas alturas após um centro.
Farioli buscou, por fim, jogar o “outro jogo” a partir dos 60 minutos, com Gabri e William Gomes, Nessa altura a equipa já subira no terreno (com o Nottingham recuado à espera da bola longa “made Dyche”) e jogava perto da área inglesa. Não se sentia, porém, que estivesse confortável neste território de estilo e custava-lhe muito a puxá-lo para as paragens da técnica.
O Forest fechou-se quando percebeu que tinha de aguentar e esperar uma bola que pudesse meter lá na frente, Ela apareceu, esticada no duelo, forçou o choque, ganhou outro penalty e fez 2-0. O FC Porto tinha caído em todas as “armadilhas old scholl”.





